Price Action

Equipe Universidade da Bolsa Atualizado em 11/02/2025


Todo operador de mercado ou investidor deve conhecer o conceito de "price action", em português "ação do preço". O price action ajuda a entender como os preços estão se comportando e o que podemos esperar dele no futuro.
Baseado na experiência de grandes estudiosos de gráficos das mais diversas Bolsa de Valores ao redor do planeta, esses cientistas ajudaram os operadores de mercado e investidores a entenderem mais sobre a ação do preço e como podemos comprar mais barato ou vender mais caro um ativo se baseando em padrões que se repetem constantemente.
Este guia traz tudo que um operador de mercado ou investidor precisa para conhecer a fundo o conceito de price action e colocar em prática em qualquer que seja o ativo, seja fundo imobiliário, ação ou índices.

Todos que já tiveram algum contato com gráficos na Bolsa de Valores já ouviu falar sobre Price Action, termo mais usado em inglês, que significa "ação do preço" em português. Podemos verificar durante o pregão que o preço não para de se movimentar e, dessa forma, o Price Action estuda essa movimentação que o preço vai fazendo a cada instante de tempo.

Assim, o Price Action estuda o conjunto dos movimentos e cada um dos movimentos isolados que o preço desenha no gráfico, seja para cima ou para baixo, podendo ocorrer em diferentes tempos (5 minutos, 15 minutos, 60 minutos, diário, etc) e para qualquer que seja o ativo.

Portanto, o intuito do método é antecipar a intenção dos investidores e quais os potenciais movimentos futuros dos preços, considerando o histórico das oscilações.
Mesmo assim sempre devemos saber que os movimentos do passado não são garantias absolutas de retornos futuros, mas os modelos e estudos do Price Action concluíram que alguns padrões podem se repetir. Isso porque o mercado tem a característica de ser cíclico, ou seja, apresentar ciclos de alta, baixa ou falta de tendência (lateralização). Então, o estudo de movimentos do passado fornecem ideias para o próximo ciclo.

Embora os indicadores ainda estejam muito em evidência entre os operadores de mercado (traders), os traders cada vez mais estão começando a ver virtudes na filosofia "menos é mais". Nesse caso, a utilização apenas das barras no seu gráfico mostra apenas aquilo que é essencial, não existem sinais conflitantes ou uma tela bagunçada com diversos sinais que mais atrapalha do que ajuda. Essa é a essência do price action (o preço em ação).

Mesmo assim, utilizar apenas as barras é muito difícil, pois é preciso ter uma compreensão adequada da mecânica do mercado. Infelizmente nenhum trader ou investidor mais ativo escapará das lições do mercado e o alto preço que ele cobra. A jornada do trader é de muitos passos de aprendizagem e muita dor e dificuldade ao longo do caminho. Muitos não conseguirão completar o caminho e superar esses estágios iniciais. No entanto, os traders podem aumentar as suas chances de sobrevivencia no mercado se educando de forma adequada, sendo aqui um bom passo para iniciar e consolidar a jornada.

A maioria dos traders acham que rapidamente podem aprender um método de alguém e rapidamente entrar no mercado e ganhar dinheiro. Mas quando o método começa a dar errado, ele simplesmente troca para outro método que agora sim vai começar a dar certo. Isso não funciona, a melhor forma é o trader se dedicar bastante e construir o seu proprio método, sem depender de nenhum terceiro. Tudo que é ensinado aqui sobre price action ajudará o trader a ir formando a sua caixa de ferramentas, sendo que os princípios e métodos do price action serão apresentados e explorados.

Os praticantes da técnica afirmam que os movimentos do preço oferecem indícios das intenções dos operadores, oferecendo perspectivas de movimentos futuros baseados em estatística e probabilidade. Isso porque todo e qualquer preço é o resultado da soma das decisões de compra ou venda tomadas pelos operadores do mercado.

Os grandes operadores compram e vendem por diversos motivos como, por exemplo, um Fundo de Investimento pode vender porque seus clientes estão saindo do fundo e por isso os operadores precisam vender as ações durante as próximas horas, ou então os gestores podem estar comprando porque pensam que o pior já passou e as notícias estão positivas. Independente do motivo, os praticantes de Price Action visualizam no gráfico esse rastro que vai sendo deixado. Essa disputa entre comprados e vendidos vão se revelando ainda mais durante o decorrer do tempo, elevando ou reduzindo os preços. É a análise desses desenhos numa janela de tempo que possibilitará ao trader inferir movimentos prováveis, auxiliando assim na tomada de decisão.

Portanto, o Price Action é uma prática difícil, pois ela envolve muita análise sobre o que está ocorrendo na sua frente. A prática não recomenda nenhum indicador, além do volume e (alguns recomendam) uma média móvel de 20 ou 25 períodos exponencial. Esses dois indicadores apenas ajudam o operador de Price Action a identificar se está entrando mais volume em determinado sentido e se os preços estão muito inclinados que se afastaram demais da média móvel. O Price Action afirma que por trás de todos indicadores está a ação dos preços, por isso toda técnica baseada no gráfico necessita da análise do movimento dos preços.

Os padrões de Price Action oferece diversas vantagens em relação à outras técnicas. Entre elas:


-Rapidez e precisão: a leitura mais ágil e sem indicadores traz decisões mais velozes e, por vezes, mais precisas.
-Amplas possibilidades: a técnica é aplicável em qualquer ativo de Renda Variável com boa liquidez não se limitando também ao Day Trade, isto é, também é uma boa para o Swing Trade.
-Gráficos mais limpos: o Price Action também é chamado de naked trading, ou seja, operar com o gráfico limpo. Com menos informações no gráfico, as interpretações e decisões ficam mais visíveis.
-Precisão e controle de risco: ao focar apenas nos preços, pode oferecer mais clareza de onde estipular as metas de risco e ganho.
-Requer plataformas mais simples: com os gráficos limpos, não requer tantas ferramentas avançadas e recursos sofisticados das plataformas.

Os padrões de Price Action foram muito estudados e documentados ao longo das últimas décadas, o que permitiu um grande aprimoramento das técnicas de Price Action. Desde o formato dos candles até padrões e figuras formadas por um conjunto de candles pode indicar possíveis intenções do mercado. Entre eles tem-se o OCO (Ombro-Cabeça-Ombro), topos e fundos duplos e triplos, suportes e resistências em regiões importantes que tiveram muita ação dos preços, bandeiras, flâmulas, triângulos, tudo isso foi largamente testado e documentado mostrando que a probabilidade de dar certo pode ser maior ou menor dependendo do caso.

Muitas pessoas perguntam qual a diferença entre a análise técnica clássica e o Price Action. É preciso enfatizar que a Análise Técnica considera todas as estratégias criadas a partir da leitura gráfica dos ativos. É claro que, inúmeras táticas podem ser adotadas e vários indicadores incorporados na tentativa de estimar a movimentação dos preços. No entanto, o Price Action é uma das metodologias que compõem a Análise Técnica e, portanto, elas não são excludentes. Portanto, o Price Action é também uma metodologia atrelada à análise técnica, na qual se utiliza de nenhum indicador técnico para a decidir quando comprar ou vender.

Além dos padrões mais conhecidos, traders como Oliver Velez e Al Brooks trouxeram novas interpretações do movimento do preço, oferecendo maior dinâmica e segurança às técnicas de Price Action. Al Brooks documentou em três livros muitos contextos de análise de preços, mostrando como o raciocínio em cima do gráfico pode mostrar padrões com altas probabilidades de ocorrerem. Traders que dominam essas técnicas conseguem obter grandes lucros no mercado porque estarão observando os preços em sua origem.

Como todo método, o price action também tem alguns princípios que se constituem de elementos básicos. Mesmo que existam diversas variações gráficas, sempre existe um conjunto elementar que se repetem nos gráficos. É isso que o price action tenta mostrar para os praticantes desta técnica.

Assim, estudaremos alguns princípios fundamentais do Price Action que é ensinado pelos principais estudiosos da técnica. Os princípios fundamentais do price action que estudaremos neste guia são:
-Dupla Pressão (Double Pressure)
-Suporte e Resistência (Support and Resistance)
-Falso Rompimento, Rompimento Burlado e Rompimento Efetivo (False Breaks, Tease Breaks and Proper Breaks)
-Máxima Falsa e Mínima Falsa (False Highs and Lows)
-Reversão de Pullback (Pullback Reversals)
-Teste de Teto (Ceiling Test)
-Efeito dos Números Redondos (Round Number Effect)

A figura abaixo ilustra cada uma das técnicas como elas podem aparecer graficamente:

Exemplo dos princípios do Price Action
Figura 1 - Exemplo dos princípios do Price Action

A partir de agora estudaremos melhor cada um dos princípios vistos acima. Neste momento teremos uma compreensão muito melhor do price action e como o mercado se desenvolve, quais os padrões ele mostra ao trader e como podemos explorar cada um deles.

Um trader sozinho jamais conseguiria levar o mercado ao seu alvo, ele precisa que outras grandes Instituições também tenham o mesmo objetivo. Por isso, antes de colocar o capital em risco, é preciso que os preços sigam em frente de forma substancial. Para que isso ocorra, tanto os comprados quanto os vendidos precisam pressionar o mercado para a mesma direção. Por exemplo, se o mercado está em uma forte tendência de alta, alguém poderia se perguntar por que os vendidos, que estão na ponta contrária da direção do mercado, também deveriam colaborar se o mercado está neste momento comprado. Isso ocorre por que um número razoável de Instituições vendidas também deveriam retirar as suas posições, ou seja, comprar as suas ordens vendidas, fazendo então que o mercado ande mais rapidamente para o destino, sem nenhum obstáculo.

Assim, podemos já compreender por que o nome do padrão se chama Pressão Dupla. Neste caso, tanto os touros (compradores) quanto os ursos (vendedores) unem suas forças para o mesmo lado do mercado, obviamente que alguns felizes (touros) e outros tristes (ursos).

Quando o gráfico se movimenta muito mais para o mesmo lado, dizemos que o mercado está em continuidade. A melhor maneira de aproveitar essa situação é antecipar a sua origem, ou seja, tomando o mercado na sua fase inicial. Esse evento não é casual, ele ocorre através de uma pressão que aumenta cada vez mais até um ponto de ebolição, que é o ponto onde a pressão dupla deverá ocorrer. Uma forma de detectar esse ponto ideal do gráfico é observar no gráfico as fronteiras que estão ocorrendo os ataques e defesas, sendo que após isso ocorre então o rompimento.

Entretanto, existem traders que não gostam de operar rompimentos, pois estatisticamente a maioria deles falha. Muitos inclusive argumentam que como o mercado está cada vez mais apertado, operar rompimento é uma estratégia ruim. Isso é verdade que muitos rompimentos falham, mas existem algumas análises que podem ser realizadas que permitem avaliar se existe uma alta ou baixa probabilidade de ocorrer o rompimento, como veremos mais adiante nos estudos de price action.

Mesmo que o rompimento tenha um alto risco de falhar, é importante avaliar como este rompimento está sendo construídos, e aqui entra uma das mágicas do price action, que é justamente o trader observar vela a vela(ou barra a barra) no gráfico como este padrão está sendo desenhado. De forma geral, as melhores oportunidades ocorrem quando existe uma luta visível sobre um nível de rompimento, ou seja, uma série de barras que compradores e vendedores lutam dentro de uma região estreita. Essa luta pode se dar de inúmeras formas, mas não é preciso analisar muitas barras para reconhecermos o ponto ideal do gráfico e seu potencial mais efetivo de rompimento. Essas progressões contínuas são chamadas de acumulação (ou buildup, em inglês) ou pressão de pré-rompimento (ou pre-breakout tension, em inglês), conforme pode ser observado na figura 2.

A figura 2 abaixo mostra um exemplo de uma série de acumulação que precedem um rompimento bem-sucedido.

Exemplos de pré-rompimentos
Figura 2 - Exemplos de pré-rompimentos

Analisando outros gráficos podemos ver esse tipo de acumulação, seja mais complexas ou mais simples, porém o preço sempre mostra um nível de interesse em que tanto compradores quanto vendedores brigam até que um dos lados vence a batalha.

Mesmo que exista uma pressão de ambos os lados, tanto dos vendedores quanto dos compradores, é preciso analisar qual lado está melhor definido, o que aumenta ainda mais a pressão no pré-rompimento. Por exemplo, se o mercado é de alta e está acumulando, é melhor focar no rompimento na direção que o mercado está, isso aumentam as chances de sucesso. Entretanto, é importante olhar todos os sinais que o mercado está passando, esses movimentos podem revelar sinais importantes. Um exemplo pode ser a quebra de uma barra específica, o que poderia desencadear uma entrada no mercado, mas obviamente que o trader sempre deve verificar mais parâmetros, nunca focar apenas em um único evento independente. Para isso, o price action tem bastante o que ensinar aos traders, compreendendo seus princípios e o cenário como um todo.

Esse provavelmente é o conceito mais conhecido da análise técnica, e também é o mais antigo. A ideia é observar no gráfico quais pontos o mercado encontra uma forte pressão para ultrapassar o nível de preço. Se o mercado está subindo e não consegue romper para cima um nível de preço, afirma-se que o mercado está encontrando uma resistência em romper esse nível. Porém, se o mercado está caindo e encontra uma força que não deixa ele cair a partir daquele nível, afirma-se que o mercado está encontrando um suporte em romper esse nível.

Porém, em algumas situações uma resistência pode virar um suporte. Por exemplo, o mercado está subindo e encontra uma força que não deixa ele subir mais a partir daquele ponto, então o mercado consegue romper essa resistência com força e finalmente ultrapassa aquele nível, tendo assim um rompimento bem-sucedido. O que acontece depois é que os vendedores tentam pressionar os preços novamente para baixo daquele ponto, mas os compradores fortes não deixam e, assim sendo, aquele ponto vira novamente um nível de briga, porém o mercado agora está brigando de cima para baixo. Ou seja, agora a resistência virou um suporte, pois os compradores não deixam o preço cair abaixo daquele nível, defendendo assim o preço. O mesmo pode acontecer com um suporte que passa a ser um nível de resistência.

Mesmo que os pontos de suporte e resistência sejam importantes nos gráficos, é preciso usá-los com cautela. Muitos novatos se perdem porque confiam muito nesses pontos, mas não é aconselhável fazer essas operações de forma antecipada, simplesmente deixando a ordem no gráfico confiando que o mercado vai até lá e respeitar. O price action ensina que deve-se ficar atento a toda e qualquer vela que o gráfico mostra, analisando a sua pressão, sua força e o cenário como um todo.

Um exemplo de análise que pode ser feita em um ponto de resistência, por exemplo, seria monitorar o comportamento do preço anteriormente em torno desses níveis. Assim, se houve um rompimento neste ponto, é possível que o impacto do rompimento seja maior se houve um acúmulo anteriormente, pois mostra que foi uma região de briga. O grande problema que deve ser observado é quando o mercado vai muito rapidamente para esse ponto, através de sucessivas barras limpas, pois ele costuma voltar forte para o lado oposto. Isso é um rompimento mal configurado, pois o mercado simplesmente foi reto, sem obstáculos, para um ponto já conhecido, sem que tenha ocorrido nenhuma briga. Ao chegar nesse ponto de interesse, ninguém estava mais lá para querer comprar, pois é uma região predominantemente vendedora. Isso explica o mercado ir rápido e voltar rápido. Os traders mostraram que não estavam interessados em seguir uma direção, eles apenas queriam ir até um ponto conhecido e voltar novamente para o ponto de origem.

A melhor análise que os suportes e resistência oferecem para os operadores de price action é mostrar quem está dominando o mercado. Analisar o que o mercado está fazendo nos pontos de suporte e resistência ajuda a entender qual a direção que o mercado está seguindo, e assim, qual lado o trader deveria evitar. Nunca deve-se operar contra o lado dominante, pois ele é muito mais forte. Assim, quando os touros (compradores) dominam o mercado, os preços sempre fazem novas máximas e quebram resistências que aparecem pela frente, já as correções mostram muita dificuldade de superar as mínimas anteriores. Mesmo que nas regiões mais superiores eles encontrem dificuldades, deve-se saber que eles ainda estão no controle.

Em determinado momento, aqueles que estão no domínio do mercado perderão suas forças, e neste momento outro lado começa a reagir. Mas quanto maior é a força dominante, menor será a probabilidade do mercado reagir a qualquer tentativa de primeira reversão. Por isso, o trader deve primeiro evitar qualquer tentativa inicial de reversão, entrando na operação contrária apenas quando ficar muito claro que os dominantes já não estão tão fortes.

A figura 3 abaixo mostra duas situações idênticas até o ponto "b". Verificamos que no ponto "a" houve um ataque dos vendedores, mostrando o perigo de entrar contra o mercado dominante, pois eles voltaram a jogar o mercado para cima novamente até o ponto "b". O mercado caiu no ponto "a" e tocou no topo da resistência após o ponto "a", após isso caiu novamente e depois voltou a tocar na resistência, configurando um possível topo duplo. Mas os compradores estavam fortes e levaram até o ponto "b", ocasionando diversos stops dos vendidos. Os touros estavam muito vivos e pegaram os ansiosos no contra-pé.

Exemplos de situações do mercado.
Figura 3 - Exemplos de situações do mercado.

Continuando na análise do gráfico, temos que o ponto "c" (na situaçao 2) seria uma melhor chance de entrar na venda, pois mostra uma falha dos compradores de manterem o mercado de alta no ponto "b". O mercado está novamente no antigo ponto "a", onde os compradores tiveram sucesso em levar o mercado novamente para cima, mas não coseguiram sustentar o movimento. Isso certamente causará uma forte pressão dos vendedores e vários stops dos compradores que deixarão suas posições. Isso então causará uma Dupla Pressão.

Olhando o cenário geral, tanto o ponto "a" quanto o ponto "c" podem ser desfavoráveis, até por que o ponto "c" está em região de fundos anteriores, assim como o ponto "a". No entanto, o ponto "c" mostra mais informações que o ponto "a", dando uma segurança maior ao trader que aquele ponto pode ser uma boa aposta.

De forma geral, existem três tipos de rompimentos: o rompimento considerado péssimo, o rompimento pobre e um rompimento apropriado. O trader que opera um rompimento, seja seu rompimento efetivo ou a sua falha, precisa determina qual a natureza deste rompimento. Sem uma pausa efetivamente bem construída, é provável que seja difícil convencer os traders que este rompimento realmente aconteça. Assim, com a falta de traders operando o rompimento, o mercado volta rápido para o lado oposto ao rompimento. No entanto, outras vezes temos o preço rompendo e voltando completamente, desfazendo assim o rompimento.

Antes de tomar qualquer posição em relação a um possível rompimento, deve-se avaliar algumas situações
1)O rompimento que estamos prestes a fazer está alinhado com a pressão dominante do mercado?
2)O mercado está lateral ou em alguma tendência?
3)Existe algum obstáculo (suporte ou resistência) que possa obstruir esse possível avanço?

Esses elementos são muito importantes, mas também é interessante avaliar como o mercado se comportou imediatamente antes, pois se não tínhamos um acúmulo, é melhor recusar o rompimento.

A figura abaixo ilustra três tipos de situações que antecedem um rompimento:

Exemplo de três situações prévias ao rompimento
Figura 4 - Exemplo de três situações prévias ao rompimento

As três situações são semelhates, pois existe um mercado de baixa que é dominante.

Pode-se verificar que uma acumulação anterior ao rompimento não apenas afeta a continuidade do movimento mas também ajuda o trade onde colocar o nível de proteção (stop). Na situação três fica claro que o stop acima do acúmulo está num nível adequado de proteção. Na primeira situação o stop é caro e não é claro, assim como na segunda situação que também é muito caro e também não fica claro que é um bom ponto de proteção.

Assim, enfatizamos a importância do acúmulo para o desempenho bem-sucedido de um rompimento, e a premissa deste princípio é simples: quanto mais forte visualizamos um nível defendido antes de ceder, maior será o domínio demonstrado pelos últimos vencedores. Conforme já discutimos, a ausência desse acúmulo também prejudica a definição de onde colocar um nível de proteção. O nível de proteção é extremamente importante, pois não é adequado entrar no mercado sem uma ideia de quando sair caso os preços não sejam cumpridos. Sempre existe um ponto em que a negociação perdeu sua validade. Não existe uma regra para isso, pois depende muito mais da estratégia e da percepção pessoal do trader sobre a situação em questão. Em posições mais curtas costuma-se colocar o stop acima ou abaixo da última alta ou da última queda dependendo do mercado. Analisando a figura anterior verifica-se que a entrada está no ponto "e", mas os níveis de proteção dependem do que o mercado configurou.

Sem descartar os benefícios de um stop mais amplo, geralmente pode-se afirmar que quanto mais largo um stop precisa ser colocado para justificar uma entrada, menos atraente é o rompimento e mais atraente fica considerar entrar na ponta contrária, conforme é ilustrado na situação 1 da figura anterior. A situação 2, por sua vez, mostrou uma entrada um pouco melhor do que a situação 1 com um nível de proteção melhor, porém ainda com uma considerável distância. Por isso, esse acúmulo deixou a desejar, pois não temos uma barreira na parte mais inferior. Essas características provavelmente atrairão traders na visão contrária.
No entanto, o rompimento da situação dois, em geral, tem uma boa chance de seguir adiante, mas não devem ser feitos imediatamente. O mercado tentará conter esse rompimento num primeiro momento, mas à medida que os preços voltam para dentro da lateralidade, ele pode em seguida seguir para pontos mais baixos de um acúmulo mais acima. Atingindo essa área de resistência (antigo suporte), os preços poderão voltar a cair e até mesmo romper em definitivo a barreira inferior com sucesso nessa segunda tentativa. Esse tipo de rompimento da situação 2 realmente pode precisar de um stop mais longo, e por isso ele não é considerado uma boa tática de trade, visto que é preferível stops mais curtos e trabalhar com rompimento de mais alta qualidade, conforme será abordado mais adiante no guia.

A melhor forma de operar um rompimento é a situação 3, que apresenta uma construção mais adequada. Esse rompimento atrai até mesmo os que estavam na ponta contrária. Além disso, o stop acima da progressão apresenta um bom ponto de proteção. O rompimento até pode falhar, mas tecnicamente esse é o cenário mais favorável.
Outra situação que pode acontecer, e normalmente acontece, é que após o rompimento, o apoio da resistência (antigo suporte) pode ajudar caso os preços voltem a subir e a desafiar a barreira quebada. Além disso, os compradores podem aproveitar essa aportunidade de levar o mercado mais para cima a fim de vender rapidamente, enquanto os vendedores podem aumentar suas posições. Isso implica novamente em uma pressão dupla no lado da venda.

Dessa forma, rompimentos construídos de forma sólida devem ser levados em consideração. Com essa informação já podemos se esquivar de rompimentos fracos que tem suas probabilidades bastante diminuídas de sucesso.

Aqui

Para entender Price Action primeiramente é preciso conhecer seus principais padrões. Conhecendo a teoria por trás do Price Action fica muito mais fácil partir para a prática, que é onde o trader vai colocar em prática o que foi estudado.

Estudar Price Action envolve estudar o principal mentor dessa prática que o autor Al Brooks. Os seus três livros são:
Operando Price Action: Tendências.
Operando Price Action: Lateralidades.
Operando Price Action: Reversões.

Os livros do Al Brooks são difíceis de serem estudados por principiantes. O mais interessante seria, inicialmente, o trader estudar o nosso conteúdo. Nosso conteúdo oferece uma sinopse do livro do Al Brooks com um resumo completo da sua técnica além de dicas, exemplos e um conteúdo mais acessível elaborado pela nossa equipe de especialistas.

Outros autores que também explicam sobre a técnica incluem os autores Laurentiu Damir (Price Action Breakdown: Exclusive Price Action Trading Approach to Financial Markets) e Bob Volman (Understanding Price Action: Practical Analysis of the 5-Minute Time Frame).