Análise de Setores

Equipe Universidade da Bolsa Atualizado em 28/02/2025

Neste artigo vamos estudar cada um dos setores da Bolsa.

O leitor terá um entendimento melhor do que faz e o que significa cada um dos setores presentes na Bolsa de Valores.

O setor da indústria é formado por empresas com o objetivo de transformas as matérias-primas em serviços e bens comercializáveis. As empresas desse setor atingiram um grande nível de competitividade ao trocar os métodos de produção manuais para máquinas.
Assim, a indústria transforma a matéria-prima nos objetos que serão vendidos para consumo. Normalmente essas indústrias se instalam em lugar com mão de obra, energia, mercado consumidor e transporte.
Podemos classificar as industrial em três grupos: indústria de base - aquelas que transformam a matéria-prima bruta em matéria-prima processada, que por sua vez será usada em outros ramos industriais -, indústria de bens intermediários - aquelas que produzem matéria-prima processada para a produção de outros bens em outros ramos industriais, ou seja, produzem insumos para que outras indústrias possam produzir - e, por fim, indústrias de bens de consumo - aquelas que produzem o produto final, com maior valor agregado, que é ofertado de forma direta para o mercado consumidor -; esse tipo de indústria se divide em indústrias de bens duráveis e não duráveis.
Entre as indústrias de base temos como exemplo as mineradoras, petrolíferas, entre outras. Exemplos de indústrias de bens de consumo podemos citar indústria que produz plásticos, produtos químicos etc. Por fim, exemplo de indústria de bens de consumo incluem as indústrias de eletrônicos e eletrodomésticos (bens duráveis) e indústrias de alimentos e cosméticos (bens não duráveis).
As principais empresas do setor de indústrias são encontradas na Bolsa de Valores, entre elas temos: a WEGE, a ROMI e a TUPY.

A WEGE é uma das gigantes da indústria fundada em 1961, sendo uma empresa global que atua principalmente de equipamentos eletroeletrônicos como motores de baixa e alta tensão (desde motores de piscinas e ventiladores até motores de carros), redutores, equipamentos de automação industrial, soluções de mobilidade elétrica, entre outros. Através dos seus motores, a WEGE tem uma alta competitividade em todo o mundo. Entre outros setores que a empresa está presente, tem-se o setor de GTD (Geração, Transmissão e Distribuição de Energia) oferecendo geradores, alternadores, aerogeradores, geração solar, turbinas hidráulicas e térmicas a vapor (biomassa), transformadores, subestações, painéis de controle e serviços de integração de sistemas. No setor de GTD, a WEGE tem como principais clientes a América, sendo mais concentrada no Brasil. Outro setor que a empresa atua é no setor de motores e appliance, destacando-se principalmente motores monofásicos como lavadoras de roupas, aparelhos de ar-condicionado, bombas de água, entre outros. A empresa é lider nesse setor no Brasil, porém está de forma gradativa internacionalizando essa área. Por fim, a WEGE também tem presença no setor de tintas e vernizes, que inclui tintas líquidas, tintas em pó e os vernizes eletroisolantes, sendo seu foco em aplicações industriais e no mercado brasileiro, com gradual expansão para a América Latina. Esses produtos são utilizados pela indústria de bens de consumo duráveis e de bens de capital em geral, para cobrir e proteger componentes e produtos.
A empresa atualmente possui operações industriais em 12 países e presença comercial em mais de 135 países, contando com mais de 36.900 funcionários distribuídos pelo mundo.
Em 2021 a WEG atingiu faturamento líquido de R$ 23,5 bilhões, destes 56% proveniente das vendas realizados fora do Brasil, que é onde a empresa tem expandido ainda mais suas receitas. É importante ressaltar que os preços de venda praticados em diferentes mercados são definidos nas moedas locais de acordo com as condições competitivas específicas de cada região. No entanto, a WEGE pode ter um grande ganho de receita dependendo da variação do dólar.

A ROMI é a empresa líder no Brasil entre os fabricantes de Máquinas-Ferramentas e para o processamento de plástico. Outro participação importante da empresa é no mercado de Fundidos e Usinados. Os principais clientes industriais da ROMI são as indústrias automotivas (leves e pesados), de máquinas agrícolas, de bens de capital, de bens de consumo, de ferramentaria, de equipamentos hidráulicos, energia eólica, entre diversas outras indústrias.
A empresa se organiza em três unidades de negócios: Máquinas Romi - através das linhas "Máquinas Ferramenta" como Tornos Convencionais, Tornos CNC, Centros de Usinagem, entre outros, e as "Máquinas Para Processamento de Pláticos" como Injetoras de Plástico e as Copradoras de Plástico -, Máquinas Burkhardt + Weber - que são os produtos fabricados na subsidiárioa Alemã, destacando-se os centros de usinagem horizontais de grande porte e máquinas para aplicações especiais, de 4 e 5 eixos, com alta precisão e produtividade, destinados ao atendimento de setores industriais relevantes como o automotivo comercial, aeronáutico, de energia, dentre outros -, e por fim, Fundidos e Usinados - que possui a capacidade de produzir aproximadamente 50.000 ton/ano de peças em ferro cinzento, nodular ou vermicular com peso individual de até 40.000 kg.
As três unidades estão distribuídas em treze unidades fabris, sendo onze em Santa Bárbara d’Oeste - SP e duas na Alemanha na cidade de Reutlingen. A empresa também possui oito subsidiárias de vendas, localizadas nos EUA, Alemanha, Itália, França, Reino Unido, Espanha, México e uma controlada indireta, na China, além de agentes e representantes em vários países do mundo. Os três processos produtivos também possuem uma característica em comum: a verticalidade. Isso porque os componentes “não mecânicos” são comprados no mercado interno e externo e consistem basicamente em materiais elétricos, motores, sistemas de controle CNC, componentes hidráulicos e pneumáticos. Além disso, são realizados (a) a fabricação interna das coberturas metálicas (chaparia) das máquinas, a partir do aço adquirido no mercado; (b) a montagem interna dos sistemas de controle das máquinas, composto do painel elétrico, dos cabos e dos motores; (c) a montagem interna de subsistemas mecânicos de precisão, tais como cabeçotes, torres, trocadores de ferramenta, fusos de esfera e unidades de injeção; e (d) a montagem final dos produtos, em linhas ou células específicas para cada família de produto, incluindo testes e inspeções de qualidade são realizadas ainda a entrega do produto no local indicado pelo cliente, instalado e em funcionamento.
Por sua vez, o segmento de fundidos e usinados, tem-se que o produto é desenvolvido pelo cliente. A Companhia recebe o desenho e especificações suficientes para desenvolver o processo de fabricação do fundido e da usinagem dele, transformando-o em peça acabada. Os processos de fabricação do fundido e da usinagem da peça e toda produção de peças fundidas a partir de ferro fundido são desenvolvidos internamente. Os ferramentais para fundição e usinagem, processos de acabamento, processos de usinagem e processos de pintura são realizados internamente ou realizados no mercado local.
Em 2022 a ROMI atingiu uma receita líquida de aproximadamente R$1,5 bilhão de reais. A maior parcela da receita vem da Unidade de Negócio Máquinas ROMI que registrou uma receita operacional líquida de R$ 202,9 milhões somente no segundo trimestre de 2022 contra um faturamento total de R$ 45,9 milhões da subsidiária alemã BW e R$ 59,8 milhões da Unidade de Negócio Fundidos e Usinados. O negócio interno ainda representa a maior parte do faturamento, sendo responsável por 76% da receita da ROMI, seguida da Europa que representa 10% das vendas, América Latina 5%, Ásia 4% e Estados Unidos 3%.

A TUPY iniciou suas atividades em 1938, fundada por Albano Schmidt, Hermann Metz e Arno Schwarz. Por mais de 20 anos a empresa apenas dedicava-se a manufatura de conexões de ferro maleável, que lhe deu elevada reputação devido a sua competência no segmento. Após isso, com o estabelecimento da indústria automobilística no Brasil, a empresa se transformou em fornecedora de componentes automotivos, passando a ser então o negócio principal da companhia entre os anos de 1980 e 1990.
A companhia é referência mundial em qualidade e tecnologia nos segmentos de transporte, infraestrutura e agricultura através dos seus componentes estruturais de alta tecnologia em ferro fundido tais como blocos e cabeçotes, sistemas de freio, transmissão, direção e suspensão de veículos, produtos brutos, usinados ou pré-usinados, fornecidos em escala global para a indústria de bens de capital. Esse segmento representa 95,3% das receitas da empresa, ou R$ 6,7 bilhões em receita. O outro segmento que a empresa atua é na Hidráulica que é composto principalmente por conexões de ferro maleável e perfis fundidos, que oferecem diversas aplicações, entre eles redes de incêndio e pneumáticas, além de sistemas de condução de fluidos industriais. Esse segmento totaliza 4,7% das receitas da TUPY, ou R$ 333,7 milhões em receita.
Para entender melhor como funciona a fabricação de produtos de ferro fundido, a empresa precisa de uma integração diferentes processos fabris, todos de alta complexidade para concretizar essa fabricação. O origem desses produtos se dá através de dois elementos principais: o metal líquido e a caixa de moldar. Primeiramente obtém-se o metal líquido mediante a seleção e a fusão de matérias primas (como sucatas de aço, ferro gusa, ligas metálicas, entre outros), as quais depois de liquefeitas são vazadas em caixas de moldar montadas com conjunto de machos, preenchidas com areia e insertos para dar forma ao metal depois de solidificado. Assim, obtém-se a peça correspondente ao modelo que serviu de base para sua produção. Logo após essa etapa, o produto é resfriado, ainda no interior da caixa de moldar, retirado (desmoldado) desta e submetido a acabamento mecânico, ficando então com seu formato final. Em complemento, em alguns casos o cliente pode contratar o produto já usinado e, portanto, entregue pronto para montagem.
A maior parte da receita da empresa é do mercado externo, o que representa 77,4% das receitas. Destes 77,4% a América do Norte representa 75,5% da receita, seguida por 17,6% da Europa, 5,9% da Ásia, África e Oceania, além de 1,0% da América do Sul e Central. O Brasil representa apenas 22,6% das Receitas da Companhia.

Também chamado de setor sucroenergético, ele é caracterizado pela produção e comercialização de açúcar, etanol e também pela co-geração de energia. Podemos dizer que os produtos atingem mercados diferentes, pois enquanto o açúcar é um produto tradicional e importante na cadeia alimentícia da população mundial com um mercado bem desenvolvimento e com aumento de demanda, o etanol, por sua vez, é possui uma importância mais recente no mercado mundial, porém com forte expansão devido suas características sustentáveis.
O Brasil possui atualmente 366 usinas sucroenergéticas em operação, o que garante uma capacidade de 745 milhões de toneladas / ano de moagem. Esse setor ainda gera em torno de 3,1 milhões de empregos diretos e indiretos no Brasil.

O açúcar é um produto feito basicamente da cana-de-açúcar e beterraba, sendo que 80% da produção mundial de açúcar tem como matéria-prima a cana-de-açúcar. A produção do açúcar se caracteriza pela utilização de diversos processos agrícolas e industriais, porém com um uso cada vez maior de tecnologia para aumentar a eficiência do processo. O consumo do açúcar cresce ano após ano, principalmente devido fatores como aumento populacional, aumento do poder aquisitivo das pessoas e ao consumo de alimentos processados, que utilizam cada vez mais açúcar. Um dos mercados mais visados pelo açúcar é a Ásia, onde a renda per capta e a migração populacional para as cidades estão crescendo.
A FAO (The Food and Agriculture Organization of the United Nations), que faz a divulgação dos dados do consumo anual de açúcar no mundo, projeta um crescimento contínuo médio de 1% ao ano no consumo de açúcar entre 2010 e 2031, conforme seus dados históricos. Isso representa 188 milhões de toneladas.
Alguns mercados, como Estados Unidos e União Europeia, protegem o seu mercado interno de açúcar da concorrência estrangeira através de políticas, restrições e altos impostos. Isso faz com que o preço do açúcar varie em relação aos países. De forma geral, utiliza-se o "NY11" é usado como referência primária dos preços não controlados do açúcar bruto no mundo, porém o Brasil por exemplo, forma seu preço de acordo com os princípios do livre mercado, sendo que o principal indicador é o índice da "ESALQ", mas são influenciados diretamente pelos preços no mercado internacional.
No entanto, o impacto dessa oscilação dos preços internacionais do açúcar sobre a produção é de certa forma suavizada, pois muitos produtores de açúcar operam em mercados controlados - protegidos contra essas flutuações de preços e, com isso, não necessitam modificar drasticamente a produção por causa destas variações -, e porque a cultura da cana-de-açúcar, que é a maior fonte de produção global de açúcar, é semi perene, ou seja, possui ciclos de plantio que variam de dois a sete anos.
No Brasil, maior produtor e um dos maiores consumidores mundial de açúcar, o ciclo médio é de cinco anos. O país exporta 25,6 bilhões de toneladas em média. As exportações são em açúcar bruto, embarcado a granel (para serem reprocessados nas refinarias), e açúcar branco refinado (usado na fabricação de alimentos, tais como refrigerantes, chocolates, etc).
Entre os produtores mundiais de cana-de-açúcar, o Brasil foi o primeiro colocado na safra 2021/2022 com um total de 577 milhões de toneladas de moagem de cana-de-açúcar conforme os dados divulgados pelo USDA (U.S. Department of Agriculture). O Brasil produziu 40% da cana-de-açúcar mundialmente produzida, seguido pela Tailândia com 16%, Índia com 14% e Austrália com 5%. O Brasil tem como ponto favorável o cultivo da cana o seu clima e solo que são favoráveis.

Já o etanol tem como característica ser um combustível verde, sendo limpo e renovável. Ele é um combustível muito menos poluente que a gasolina, pois o seu alto teor de oxigênio no etanol reduz os níveis das emissões de monóxido de carbono. Além disso, misturas de etanol também reduzem as emissões de hidrocarbonetos, um dos maiores contribuidores para o desgaste da camada de ozônio. Assim, devido as preocupações e iniciativas ambientais para reduzir o consumo de combustíveis fósseis, foi lançado em 2016 o Renovabio pelo Governo Federal brasileiro. O seu principal objetivo é fornecer uma importante contribuição para o cumprimento dos compromissos determinados pelo Brasil no âmbito do Acordo de Paris. Portanto, promove-se a expansão dos chamados biocombustíveis na matriz energética nacional, observando metas nacionais anuais de descarbonização para o setor de combustíveis, e assim também incentiva-se o aumento da produção e da participação de biocombustíveis na matriz energética de transportes do país.
Em se tratando de etanol, o Brasil e os Estados Unidos são os principais produtores e consumidores, sendo que a maior parte do etanol americano deriva do milho, enquanto no Brasil deriva da cana-de-açúcar.
Um dos marcos do etanol no Brasil foi o começo dos anos 2000 com o desenvolvimento e comercialização de veículos leves flex, considerado um dos principais marcos do setor. Se em 2006 a frota de veículos flex representava 11% da frota total, em 2020 esse número passou para 78%. Isso também fez com que a produção de etanol hidratado saltasse de 5.608 milhões de litros em 2002 para 18.392 milhões em 2021. Com a importância do etanol cada vez maior na matriz energética, o Brasil se destaca como o maior produto, sendo São Paulo o principal Estado produtor no Brasil com 44% da produção, seguido por Goiás com 16%, Mato Grosso 10% e Minas Gerais 9%.
Entre as principais empresas do Setor na Bolsa de Valores temos a São Martinho e a Cosan.

A São Martinho possui diversos segmentos como a industrialização da cana-de-açúcar através de produção própria e adquirida de terceiros, além da fabricação e comércio de açúcar, álcool e seus derivados e cogeração de energia elétrica. A empresa também realiza a exploração agrícola e pecuária, importação e exportação de bens, produtos e matéria-prima, a fabricação, comercialização, exportação e importação de produtos químicos e orgânicos, a fabricação de aditivo, ingrediente e suplemento para consumo animal, entre outras atividades correlatas.
Os principais produtos da empresa são o Açúcar - tanto açúcar bruto quando o VHP (Very High Polarization) para exportação -, o Etanol - tanto o hidratado que é utilizado em carros a etanol, o anidro que é adicionado à gasolina como aditivo e o industrial que é usado nas tintas, cosméticos e bebidas alcoólicas -, Energia elétrica - através da comercialização do excedente de energia elétrica -, Negócio Imobiliários - lançando empreendimentos como Recanto das Paineiras, Park Empresarial - I em Iracemápolis, Nova Pradópolis e outros no interior de São Paulo -, e Outros Produtos, que são tratados como subprodutos, como levedura (utilizada como ração animal), óleo fúsel (um solvente e álcool amílico puro) e bagaço (a fibra remanescente após a extração do caldo da cana-de-açúcar, usada como fonte de energia).
Entre as usinas da São Martinho que produzem açúcar e etanol temos a Usina São Martinho, Usina Iracema e a Usina Santa Cruz. A Usina Boa Vista é dedicada exclusivamente à produção de etanol. Todas elas geram energia elétrica a partir da queima do bagaço da cana, garantindo auto-suficiência e venda do excedente. A produção é composta de 46% de açúcar e 53% de etanol.
As Usinas da São Martinho produzem vários tipos de açúcar bruto, sendo o principal produto o VHP, que é o açúcar bruto menos úmido e ainda com a camada de mel que cobre o cristal do açúcar, e por isso a sua cor semelhante ao mel. O açúcar VHP é usado como matéria-prima para o açúcar refinado que é conhecido e comercializado em supermercados em todo o mundo.
A receita líquida da companhia gira em torno de 5,7 bilhões de reais, sendo 53% com a venda de etanol, 46% do açúcar e 1% dos outros produtos. Sua receita de etanol se dá principalmente do mercado nacional e o açúcar se dá através do mercado internacional, fazendo com que a empresa tenha boa parte de sua receita indexada ao dólar, gerando diversificação.
É importante ressaltar que as condições climáticas podem influenciar na colheita. A empresa pode compensar isso melhorando a produtividade, como vem fazendo, através de técnicas agrícolas aprimoradas, variedade de plantas mais produtivas e investimentos prévios. Além disso, a empresa vem inovando através da venda de etanol produzido a partir de milho em sua unidade Boa Vista, em Goiás, tendo processado 104 mil toneladas de milho.

Já a Cosan é uma holding não financeira em que todas as suas operações são conduzidas por meio de suas controladas ou sociedade nas quais tem controle compartilhado, com o objetivo de captação de recursos financeiros para o grupo Cosan.
Uma das suas principais empresas é a Raízen, fruto de uma joint venture entre a Cosan e a Shell. A Raízen é uma empresa integrada de energia, sendo referência na produção de açúcar, etanol e bioenergia, além de ser uma das maiores no setor de distribuição e comercialização de combustíveis do país. A Raízen é uma das quatro maiores companhias em faturamento do Brasil. Entre as atividades da Raízen tem-se a produção, comercialização, originação e trading de etanol; a produção e comercialização de bioenergia; a revenda e trading de energia elétrica e a produção e comercialização de outros produtos renováveis (energia solar e biogás). A parte de produção, comercialização, originação e trading de açúcar, além da distribuição de combustíveis e atuação no mercado de conveniência e proximidade no Brasil, Argentina e mais recentemente Paraguai, é realizado sob a marca Shell. No Brasil, a Raízen opera com as marcas Shell Select e OXXO, em parceria com a FEMSA Comércio, por meio da JV Grupo NÓS. Na Argentina, inclui também o refino de petróleo e a venda de lubrificantes e outras especialidades.
Outra empresa do grupo Cosan é a Compass Gás e Energia, que atua e investe em quatro segmentos: infraestrutura, distribuição, comercialização e trading. Assim sendo, ela é uma plataforma complementar de atividades para explorar oportunidades de gás natural e energia no Brasil. No seu portfólio, ela possui a maior companhia de gás encanado do Brasil, a Comgás. Dessa forma, a Compass Gás atua em alguns segmentos como a distribuição de gás por meio da Comgás, que distribui gás aos mercados residencial, comercial, industrial, automotivo, entre outras. Entre as áreas de concessão, tem-se a região metropolitana de São Paulo, Campinas e adjacências, além do Vale do Paraíba e da Baixada Santista. Mas além da distribuição, a Comgás também atua na produção, armazenamento, transporte e comércio de gás combustível ou subprodutos e derivados de produção própria ou não. Por fim, a empresa também comercializa energia elétrica a consumidores que tenha a opções de livre escolha de fornecedor.
A Moove é mais uma empresa do grupo Cosan, essa sendo uma das maiores empresas de lubrificantes do país, mas também atua globalmente na produção e distribuição das marcas Mobil, Comma e marcas profissionais. No Brasil, o foco da empresa é a produção e distribuição de lubrificantes da marca Mobil, distribuição de óleos básicos, além da rede de franquias especializadas em serviços automotivos Zip Lube.
A quarta empresa do grupo Cosan é a Rumo, que é a maior operadora logística com base ferroviária independente da América Latina, oferecendo uma gama completa de serviços logísticos de transporte ferroviário, elevação portuária e armazenagem. As concessões ferroviárias situam-se no estado do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Tocantins, Minas Gerais, além de todos os estados da região Sul do Brasil (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
A RUMO tem uma alta demanda no transporte das principais commodities agrícolas como soja, açúcar e fertilizantes.
Por fim, outro braço do grupo Cosan é a "Cosan Oito", que é responsável pelo investimento na Vale S.A., uma das maiores empresas brasileiras e uma das maiores do mundo no setor de mineração, operando em vinte países.
Portanto, verificamos que o portfólio da Cosan é bem diversificado, mas tem um excelente intercâmbio. A empresa procura investir em negócios que de certa forma conseguem se encaixar dentro de uma estrutura, sendo que um oferece suporte ao outro.
A receita líquida da Cosan está em torno de R$ 34,4 bilhões ao ano. A empresa tem histórico de boa geração de caixa e alocação de capital.

O setor elétrico possui dois órgãos criadas na década de 1990 que se destacam por sua relevância e papel crucial na regulação e operação do setor energético brasileiro atualmente, são eles a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Elas possuem funções distintas, mas complementares na operação do sistema de energia do Brasil. Assim, elas foram criadas devido a necessidade de uma gestão mais eficiente e transparente do sistema energético, garantindo a segurança e o abastecimento de energia elétrica, além de garantir melhorias para o setor.

A Aneel foi criada em 1996 durante um período de muitas reformas no setor elétrico brasileiro, assim o órgão assumiu o papel de regular e modernizar o sistema energético. Entre as principais atribuições da Aneel tem-se: a fiscalização - sendo a agência responsável por regular e fiscalizar a geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica conforme suas normas e padrões -, implementação de políticas públicas - sendo a agência responsável por elaborar e implementar políticas públicas visando desenvolver o setor elétrico, promover a eficiência energética, a sustentabilidade no uso dos recursos naturais e a diversificação da matriz energética -, e a definição de tarifas - sendo a agência responsável por definir o valor das tarifas, assim como as bandeiras de energia, conciliando os interesses dos consumidores e das empresas, mas também garantindo os investimentos necessários ao setor -.

A ONS foi criada em 1998, após uma série de crises energéticas que evidenciaram a necessidade de uma gestão mais integrada e eficiente. Entre as suas principais responsabilidades estão: gerenciamento das fontes de energia - sendo a ONS a responsável por coordenar e controlar a operação das mais diversas fontes de geração de energia, tais como hidrelétricas, termelétricas, eólicas e solares, com foco em garantir o suprimento adequado e a segurança do sistema -, e a gestão da rede de transmissão - sendo a ONS responsável por operar e monitorar a rede de transmissão de energia elétrica em todo o território nacional, além de planejar e programar as operações para evitar sobrecargas e falhas, tornando o suprimento contínuo -.

Este é um setor excelente para investidores que buscam estabilidade e bons retornos. Porém, como todos os negócios, é preciso avaliar os riscos e o perfil de cada empresa deste setor antes de tomar uma decisão. Por isso, a importância de diversificar a carteira e considerar o impacto das tendências tecnológicas e regulatórias, para assim minimizar os desafios do setor.

Existem excelentes motivos para investir nas empresas de energia elétrica, são alguns deles:
1) Demanda Constante e Previsível: Como a energia é um insumo vital para o funcionamento da economia, isso garante que a demanda é constante e previsível, independente de crises ou do momento do mercado.
2) Receitas Recorrentes: As empresas do setor elétrico costumam operar com contratos de longo prazo ou modelos regulados que oferecem estabilidade na sua receita, o que garante também dividendos com rendimentos mais consistentes.
3) Dividendos Atrativos: A maioria das empresas do setor elétrico são reconhecidas por distribuir dividendos regularmente, tornando então essas empresas atraentes para investidores que buscam renda passiva.
4) Crescimento dos Renováveis: A transição para as fontes de energia solar e eólica estão criando oportunidades de crescimento. As empresas que estão investindo nesse setor de energia limpa podem oferecer altos retornos devido à demanda crescente por essas soluções sustentáveis.
5) Baixa Volatilidade: Comparando-se aos outros setores, este é um setor que apresenta baixa volatilidade, muito em função do que já comentamos sobre a importância do setor e a previsibilidade de receitas.

Além disso, o setor elétrico oferece segurança regulatória, pois é um setor altamente regulado pelo governo, o que cria essa previsibilidade para os setor. A dependência da energia também cria uma dependência maior do setor, tornando-se menos vulnerável a crises econômicas. O setor também vem apresentando um potencial de inovação bastante interessante, agregando bastante tecnologia, como armazenamento de energia e os smart grids, o que pode impulsionar os ganhos do setor.

No entanto, o setor elétrico também possui alguns pontos negativos. Entre eles, está a dependência regulatória, que embora traga estabilidade para o setor, também pode limitar os ganhos das empresas e impor altos custos de conformidade. Outro ponto negativo é a necessidade de muito capital, pois o setor exige muito investimento em infraestrutura, manutenção e expansão, o que pode diminuir a margem de lucro da empresa e aumentar substancialmente o endividamento da empresa. Os riscos ambientais e climáticos também é um ponto de atenção com o setor, pois os eventos extremos como secas ou tempestades podem impactar a geração e distribuição de energia, como ocorreu com a RGE, empresa da CPFE3, no Rio Grandedo sul durante as enchentes de maio de 2024. Outro ponto a se observar é se a empresa do setor elétrico está acompanhando a evolução tecnológica das empresas do setor, esse é um grande risco para as empresas que não conseguem se adaptar rapidamente. Por fim, outro ponto a se observar é a concorrência do setor que tem aumentado de forma substancial com o aumentos de empresas e de fontes de energia descentralizadas, tornando assim o setor mais competitivo. Vale ressalta que o mercado livre de energia tem tornado essa concorrência mais forte, liberando as empresas a negociarem seu fornecimento de energia com outras empresas do setor elétrico.

O setor de energia elétrica possui 4 segmentos, são eles: geração de energia elétrica, transmissão de energia elétria, distribuição de energia elétrica e comercialização de energia elétrica. Algumas empresas se enquadram em apenas um segmento, como a empresa TAESA de código TAEE11 na bolsa de valores, que atua apenas no segmento de Transmissão de energia elétrica, porém outras atuam em todos os segmentos, como a CPFL de códigos CPFE3 na bolsa de valores, que atua em cada um dos segmentos através das suas subsidiárias. Por isso, é importante conhecer o que faz cada um dos segmentos para podermos analisar melhor as empresas do setor de energia.

O segmento de Geração de energia elétrica é o responsável por criar a energia elétrica, que ocorre através das usinas hidrelétricas, térmicas, de biomassa, eólica, nuclear, solar, etc. É aqui onde inicia todo processo da produção de energia que é consumido nas casas, indústrias, hospitais, entre outros. Existem diferenças em cada uma das formas de geração de energia, sendo a geração de energia nas hidroelétricas ocorrendo através do aproveitamento da energia mecânica gerada quando a água passa e movimenta as turbinas, diferente da geração eólica que a eletricidade é criada quando os ventos giram as pás eólicas dos parques, e assim cada geradora tem suas peculiaridades no processo de geração. Essa diversificação de fontes geradora é importante para as empresas, pois reduz os riscos. Por exemplo, quando há falta de chuvas, o sistema hidrelétrico reduz consideravelmente a capacidade de gerar energia, mas se a empresa possui geração solar ou eólica, estas podem compensar essa redução.
As empresas de geração elétrica precisam receber uma concessão, ou seja, elas precisam vencer uma licitação para explorar uma usina por um longo prazo.

O segmento de Transmissão de energia elétrica é responsável por levar a energia gerada para os grandes centros consumidores. A transmissão é realizada por aquelas linhas extensas de cabos de aço suspensos em torres que normalmente são vistas em campos abertos. Essas linhas possuem uma tensão extremamente alta, passando energia de forma contínua por ela.
Essas linhas são definidas e separadas geograficamente, sendo que as empresas de transmissão trabalham essas linhas através de concessões que se prolongam por várias décadas a fim de obter e manter o serviço.
As concessões são feitas através de leilões que a empresas paga para poder explorar e fazer a manutenção das linhas. Assim, quanto mais linhas, mais a transmissões vai receber, independente de quanta energia passar pelo seu cabo.
Por fim, quando a energia chega aos grande centros urbanos, ela é recebida por subestações, que reduzem essa tensão com o objetivo de distribuir a energia para todos os consumidores das cidades próximas.

O segmento de Distribuição de energia elétrica é responsável por distribuir a energia gerada e transmitida. Assim, essas empresas distribuidoras levam a energia das subestações de rebaixamento até os consumidores finais.
Além disso, próximo das residências existem os transformadores que reduzem ainda mais a voltagem até os 127 ou 220 volts que temos nas tomadas.
As empresas distribuidoras compram energia de comercializadores ou adquirem por meio de leilões, sendo seus resultados impactos pela diferença dessa compra e a receita vinda da distribuição. É importante ressalta que a distribuidora também sofre regulamentação sobre as tarifas que são repassadas aos consumidores finais. Normalmente essas tarifas são revisadas a cada cinco anos e também por meio de um reajuste anual.

O segmento de Comercialização de energia elétrica engloba a negociação de contratos de compra e venda de energia entre as geradoras, distribuidores e consumidores. Esta é uma mobilidade mais voltada para as empresas. A comercialização é regulada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que atua de forma a viabilizar o melhor ambiente de negócios possível, valorizando um espaço competitivo, sustentável e seguro.

Por fim, vamos conhecer algumas das empresas que atuam no setor de energia elétrica e qual segmento elas atuam, conforme mostra a tabela abaixo:

Empresa Código Serviços de energia elétrica
AES Brasil AESB3 Geração
Alupar ALUP11 Geração e transmissão
Auren AURE3 Geração e comercialização
Cemig CEMIG4 Geração, transmissão, distribuição e comercialização
Enel Distribuição Ceará COCE5 Distribuição de energia elétrica
CPFL Energia CPFE3 Geração, transmissão, distribuição e comercialização
Companhia Paranaense de Energia (Copel) CPLE6 Geração, transmissão, distribuição e comercialização
Eletrobras ELET3 Geração, transmissão, distribuição e comercialização
Eneva ENEV3 Geração de energia e produção de gás natural
Energisa ENGI11 Geração, transmissão, distribuição e comercialização
Engie EGIE3 Geração e comercialização de energia e transporte de gás natural
Equatorial EQTL3 Geração (termoelétrica), transmissão, distribuição e comercialização
Neoenergia NEOE3 Geração?, transmissão, distribuição e comercialização
Light LIGT3 Geração, distribuição e comercialização
Serena Energia SRNA3 Geração eólica, solar e hídrica
Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) TAEE11 Transmissão
Transmissão Paulista (ISA CTEEP) TRPL4 Transmissão

O setor de proteína animal é influenciado principalmente pelo ciclo do boi. O ciclo do boi influencia diretamente toda produção e preços na cadeia pecuária. Isso, por sua vez, traz reflexos nas empresas do setor de alimentos como Marfrig, JBS e BRF. Este ciclo possui períodos de alta e baixa na oferta de gado, muito em função de fatores como o tempo necessário para a criação e engorda, os custos dos insumos, as demandas de mercado e as condições climáticas.

Os últimos anos foram desafiadores para o setor com altos custos de produção devido aos preços elevados de rações e insumos em função das crises como a guerra na Ucrânia e a volatilidade das commodities por causa dos efeitos climáticos com secas severas, o que afeta a qualidade das pastagens e a disponibilidade de água.

Segue abaixo o gráfico de preços do boi gordo nos últimos 2 anos:

Cotação do Boi Gordo nos últimos 2 anos.
Figura 1 - Cotação do Boi Gordo nos últimos 2 anos.

O ciclo pecuário dos EUA também é um grande influenciador dos preços. Em 2024, o ciclo pecuário estava em uma fase de baixa oferta, muito em função das complicadas condições climáticas. Com essa baixa disponibilidade, os preços começaram a acumular altas como pode ser observado no gráfico. Mesmo que os frigoríficos dos EUA possam ter problemas em um prazo mais curto, a demanda por lá ainda se encontra bastante forte, tanto por carne bovina quanto suína e de frango. Ou seja, com uma oferta restrita até mesmo os preços mais altos não ajudam muito os frigoríficos, mas isso tem de a mudar assim que o ciclo inverter.

A JBS possui mais de 7 décadas de existência sendo a maior empresa produtora de proteínas do mundo e a segunda maior empresa de alimentos do mundo. A empresa atua no processamento de carnes bovina, suína, ovina e frango. Alem disso, atua na produção de alimentos de conveniência e valor agregado, e comercializa produtos de higiene, limpeza, couro, colágeno, biodisel, entre outros.
A empresa possui mais de 600 operações no mundo e possui mais de 270 mil colaboradores. Sua capacidade atual processa, por dia, mais de 75 mil bovinos, em torno de 14 milhões de aves, 147 mil suínos e 72 mil peças de couro.
Entre as marcas mais conhecidas da companhia destacam-se: Swift, Friboi, Seara, Maturatta, Plumrose, Pilgrim’s Pride, Just Bare, Gold’nPlump, Gold Kist Farms, Pierce, 1855, Primo e Beehive. Muitas das suas marcas são mais conhecidas no exterior, onde a empresa tem uma forte presença.

Entre as empresas de proteína animal temos também a Marfrig, uma das principais processadoras de carne bovina do mundo. No entanto, a empresa conta com uma diversificação dos seus produtos através da produção da carne suína e de frango por meio de parcerias e aquisições. Essa medida busca mitigar os riscos associados à dependência apenas do mercado bovino.

Outra empresa do setor é a BRF, mais conhecida pela produção de carne de frango e suína, mas que também é impactada indiretamente pelo ciclo do boi, pois preços mais baixos de carne bovina influencia o consumo de carnes alternativas. Porém, a BRF enfrenta desafios quando aumentam os custos dos grãos, como milho e soja, que compõem a base alimentar de sua produção. Por isso, a empresa tem investido em eficiência operacional e produtos de maior valor agregado, como alimentos processados e preparados. Outra medida da empresa é expandir sua presença no exterior, focando em mercado como Oriente Médio e Ásia, onde a demanda por carne processada permanece robusta ao longos dos anos.

Vale ressaltar que a Marfrig, em 2019, adquiriu cerca de 24% das ações da BRF com o objetivo de aproveitar as sinergias entre as duas gigantes e diversificar mais seu portfólio, que era mais focado em carne bovina, entrando assim no mercado de carne suína e fraco, nos quais a BRF lidera. Nos anos seguintes a Marfrig continuou comprando ações da BRF no mercado, chegando aos 33,7% de participação em 2002, tornando-se assim o principal acionista individual da BRF. Atualmente, a participação da Marfrig na BRF está em 50,49% sendo a principal acionista da companhia.

Por fim, a Marfrig se destaca como uma das maiores empresas de alimentos do Brasil, atuando na comercialização de carne bovina, processamento de carnes e couros, exportação de gado vivo, além de carnes suína e aves. O principal foco da empresa é a exportação, sendo a maior exportadora de carne bovina da América do Sul, comercializando para mais de 100 países. Entre as principais marcas da companhia estão a Cabaña Las Lilas - que oferece cortes bovinos premium de raças britânicas selecionadas, com alto grau de marmoreio e também maciez -, a Estância 92 - que oferece cortes bovina selecionados e cortes ovinos -, e a PUL - que é a linha de produtos bovinos e industrializados.
Mais recentemente a Minerva adquiriu 16 plantas frigoríficas da Marfrig, um investimento de 7,5 bilhões, elevando a empresa a um patamar inédito na sua trajetória. Isso resulta em um aumento de 35% na capacidade de abate de bovinos e 34% no abate de ovinos, agregando assim 2,7 milhões de toneladas de alimentos produzidas ao ano.
No entanto, desde o momento desta compra, o mercado bateu nos preços da empresa. Isso ocorreu pois essa compra elevou significativamente o endividamento da companhia. Assim, o mercado colocou dúvidas sobre esse movimento da companhia, ainda mais em um momento de juros mais altos no Brasil, o que encarece o custo da dívida.
Com essas aquisições a companhia reforça a liderança como maior exportadora de carne bovina da América do Sul.