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Conceitos Gerais
Equipe Universidade da Bolsa Atualizado em 27/02/2025
Neste artigo passaremos por diversos conceitos que sempre aparecem em reportagens de revistas ou sites de economia, artigos e mesmo nos balanços das empresas.
A inflação trata-se de um conceito econômico que indica o aumento persistente e generalizado do preço de uma cesta de produtos em um país durante um período de tempo definido. Assim, se essa cesta custa 100 reais no mês de janeiro e passa a custar 150 reais em fevereiro, isso indica que tivemos uma inflação de 50%.
Além disso, a inflação representa uma queda de poder aquisitivo das pessoas, pois com o mesmo dinheiro se compra menos produtos. Porém, a inflação também poderia estar em um nível muito baixo, representando assim a estabilização dos preços. Isso acontece quando o preços da cesta não aumenta ou até mesmo sofre uma queda.
A inflação foi tema de preocupação no Brasil por muito tempo, até que em 1994 com a implantação do plano real, ela teve uma relativa estabilização. No entanto, esse tema sempre ganha as manchetes quando começa a sair do controle, visto que quando temos um aumento da inflação surgem diversos problemas na economia, como aumento da taxa de juros (tornando mais caros os empréstimos para empresas e pessoas), perda do poder de compra principalmente dos mais pobres que não conseguem se proteger, entre outros.
Algumas das causas da inflação pode ser:
-Inflação Monetária: Ocorre quando o governo emite dinheiro de forma exagerada e descontrolada.
-Inflação de Demanda: Ocorre quando a demanda por produtos é maior que a capacidade de produção do país, acarretando um aumento dos preços para lidar com esse aumento no consumo.
-Inflação de Custos: Ocorre quando temos um aumento nos custos de produção dos produtos, como aumento nos custos das máquinas, matéria-prima ou mão-de-obra.
Alguns índices são utilizados para medir a inflação, sendo referências no país. Entre eles temos o IGP (Índice Geral de Preços) que é calculado pela Fundação Getúlio Vargas, IPC (Índice de Preços Ao Consumidor) que é medido pela FIPE – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) que é medido pelo IBGE e o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) que também é calculado pelo IBGE.
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) é o indicador usado pelo Governo Federal para verificar a inflação durante um período. Assim, esse índice reflete todas as variações dos preços dos produtos e serviços que são consumidos. O IPCA é elaborado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado) é utilizado em diversos setores, como o de imóveis que costuma seguir esse índice para fazer reajustes nos preços de aluguel e também pelas empresas de energia elétrica. Ele é calculado de forma mensal pela FGV que considera diversos fatores e variáveis como matérias-primas agrícolas e até produtos consumidos nas cidades.
A SELIC é a taxa básica de juros da economia brasileira, servindo como referência para transações e negociações. Essa taxa é definida pelo COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil), que é responsável por definir o juro básico do país.
A partir da taxa SELIC, as instituições financeiras determinam as rentabilidades e remunerações, além de ser referência de juros para empréstimos e financiamentos. Por isso, a taxa SELIC é muito influente para determinação do crédito, consumo e até mesmo da inflação.
O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) são certificados que podem ser entendidos como títulos emitidos por bancos com o objetivo de financiar as suas atividades. Por isso, eles são comercializados exclusivamente entre bancos, não podendo ser adquiridos por investidores comuns.
No entanto, essa taxa CDI é extremamente importante para economia, pois ela é utilizada por diversas negociações diárias que ocorrem no mercado como base de cálculo dos juros que serão aplicados.
Além disso, o CDI é um grande referencial para avaliar a rentabilidade das aplicações e investimentos. Por isso, é muito comum ver que um título paga um certa "porcentagem da taxa CDI".
A renda fixa é uma aplicação que possui um retorno que pode ser dimensionado no momento que se faz o investimento. Assim, quando o investidor faz uma aplicação em algum título de renda fixa, ele sabe quanto receberá sobre o seu capital investido, seja o valor exato ou referente a um dos indexadores da economia como CDI, IPCA, SELIC, etc.
Deve-se aplicar um investimento inicial no título, que normalmente tem um determinado custos e tributação, além de um prazo que varia de acordo com o emissor do título.
O FGC (Fundo Garantidor de Créditos) é uma entidade privada responsável por proteger o investidor em caso de falência das empresas. Para os investimento em renda fixa existe uma cobertura de até R$250 mil por CPF e por instituição, em situações em que o emissor não consegue arcar com sua obrigação. Por isso, o FGC existe para garantir a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional, protegendo o investidor e evitando um cenário de crise.
O LC é semelhante ao CDB, mas é emitida por uma financeira e não por um banco. Por isso, o LC é como um investimento de renda fixa, mas com um risco maior. No entanto, ele também é coberto pelo FGC.
A LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) e a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) são títulos de renda fixa e isentos de imposto de renda. A diferença para outros títulos é que o LCA e o LCI são destinados ao Agronegócio e Imóveis.
Os retornos do LCA e LCI são superiores aos da poupança e possuem prazos mínimos de três meses, sendo que os melhores rendimentos possuem prazos maiores. Assim, ao comprar um LCA ou LCI de um banco ou corretora, esse dinheiro será destinado a emprestar para alguma atividade com fim imobiliário ou agronegócio.
Através do CDB (Certificado de Depósito Bancário) é que emprestamos dinheiro para o Banco. O CDB é um título de renda fixa que rende juros para o investidor. O retorno do título é conhecido no momento da contratação (modalidade prefixada) ou no fim da contratação (modalidade pósfixada).
Esse é um investimento seguro e estável. Esse investimento pode estar sujeito a tributação de imposto de renda e a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) somente é realizada se o investimento for resgatado em menos de 30 dias, variando de 96% (operações de 1 dia) até 3% (29 dias).
O CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) é um investimento destinado a financiar transações do mercado de imóveis, muito semelhante ao LCI (Letra de Crédito Imobiliário). Assim, ao comprar um CRI, estamos comprando um título e emprestando dinheiro ao emissor do título. Em contrapartida o investidor recebe o que emprestou com juros e correção dentro de um prazo.
Já o CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) é semelhante ao CRI e ao LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), sendo seu título destinado a financiar atividades do agronegócio. Embora CRI e CRA sejam semelhantes ao LCI e LCA, é importante ressaltarmos que são investimentos que funcionam de formas diferentes. Sua aplicações são voltadas para quem já investe no mercado e lidam com valores mais altos, sendo destinado a profissionais certificados ou membros de clubes de investimentos.
A rentabilidade do CRI e do CRA estão presentes em três tipos de títulos: Prefixados, Pós-fixados e Híbridos.
É semelhante aos outros títulos de Renda Fixa, mas tem alguma diferenças. Quando o investidor compra uma debenture, ele empresta seu dinheiro para uma determinada empresa, que não seja uma instituição financeira ou uma instituição de crédito imobiliário.
Assim, o investidor recebe juros fixos ou variáveis ao final do período acordado. As debentures possuem um retorno superior a outros títulos de renda passiva, porém apresentam maiores riscos, visto que dependendo da solidez da empresa que está emitindo a debenture ele não é coberto pelo FGC.
Implementado em junto à B3 em 7 de janeiro de 2002 pelo Tesouro Nacional do Brasil, seu objetivo era tornar popular o acesso ao investimento em títulos públicos. Assim, as pessoas físicas poderiam comprar seus títulos pela internet.
Esses títulos nada mais são do que créditos emitidos pelo Tesouro Nacional sob a forma escritural (meio eletrônico) ao público para financiamento do Déficit Orçamentário Geral da União e da Dívida Pública Federal.
Com isso, as pessoas também adquirem uma forma alternativa e democrática de aplicar seus recursos com rentabilidade e a segurança do governo. Existe uma grande flexibilidade na escolha dos títulos em termos de indexadores e prazos. Entre eles temos o Tesouro Prefixado (antiga Letras do Tesouro Nacional – LTN) que apresenta uma rentabilidade fixa já conhecida pelo investidor no momento da compra, Tesouro Selic (antiga Letras Financeiras do Tesouro – LFT) que proporciona uma rentabilidade diária vinculada à taxa de juros básica da economia (a Selic), Tesouro IPCA+ com juros semestrais (antiga Nota do Tesouro Nacional série B – NTN-B) que oferece uma rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos no momento da compra, Tesouro IPCA (antiga Nota do Tesouro Nacional – NTN-B Principal) que oferece uma rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos no momento da compra, sem pagamentos de juros semestrais, e por fim, o Tesouro Prefixado com juros semestrais (antiga Nota do Tesouro Nacional série F – NTN-F) que oferece uma rentabilidade prefixada definida no momento da compra com pagamentos de juros semestrais.
Tipo de aplicação que envolve o recurso de diversos investidores, também chamados de cotistas. Os fundos se diferenciam pelo tipo de aplicação que fazem, sendo que alguns fundos apenas investem em renda fixa, outros como os multi-mercados investem em várias mobilidades diferentes como renda fixa e diferentes modalidades de renda variável. Os fundos possuem um gestor que é responsável por administrar os recursos.
Os fundos possuem cobrança de imposto de renda e eventuais taxas de administração, performance e até mesmo saída. Além disso, os fundos não são cobertos pelo FGC.
Neste tipo de investimento, no momento da aplicação não podemos dimensionar qual será o seu retorno, podendo ser positivo ou até negativo, de acordo com os resultados da empresa e as expectativas do mercado. Entre esses investimentos temos as ações, os fundos que investem em renda variável como fundos de ação e multi-mercado, investimento em mercados futuros de commodities como ouro e moedas, fundos imobiliários, entre outros.
Termo em inglês que é usado para designar ações de empresas menores, mas que possuem alto potencial de valorização. Os valores de mercado das small caps são mais modestos quando comparadas com as empresas de grande porte.
Termo em inglês que é usado para designar ações de empresas de grande porte, bem estabelecidas e financeiramente saudável. Essas empresas tem como característica estarem no mercado há muito tempo e seu valor de mercado está na casa dos bilhões de reais, além de serem líderes no segmento que atuam e amplamente conhecida por todos.
Mecanismo de proteção para os acionistas minoritários de uma companhia, garantindo a eles o direto de deixarem uma sociedade caso o controle da companhia seja adquirido por um investidor que até então não fazia parte dela.
Assim, o tag along garante que aquele que esteja comprando as ações dos controladores, façam uma oferta pública dos acionistas minoritários por 100% do valor pago pelas ações dos controladores dependendo do nível de governança. Os minoritários decidem se aceitam a proposta ou não.
Mercado de compra ou venda de ações ou títulos, que são pequenas frações de uma empresa. Quando a pessoa compra uma ações, torna-se sócio da companhia, podendo ganhar ou perder dinheiro conforme os resultados da companhia.
A empresa B3, que administra esse mercado de compra e venda de títulos, está situada em São Paulo, sendo a maior da América Latina. Ela é a única do país a manter todas as atividades típicas de uma bolsa.
Os FIIs (Fundos Imobiliários) são fundos de investimento que investem em imóveis. Além de adquirir imóveis, esses fundos também podem investir em títulos relacionados ao mercado imobiliário, como letras de crédito imobiliário (LCI), letras hipotecárias (LH), cotas de outros FIIs, certificados de potencial adicional de construção, (CEPAC), certificados de recebíveis imobiliários (CRI), entre outros.
Fundos imobiliário são divididos em cotas, que representam frações do patrimônio do fundo. Todos os cotistas possuem direitos e deveres de forma igualitárias, recebendo alugueis de imóveis proporcionalmente a quantidade de suas cotas e direitos de votar em assembleia que definem questões de interesse para o fundo.
Representam uma fração do capital social de uma empresa. Assim, quando o investidor compra uma ação, ele torna-se um sócio da empresa, passando a correr os riscos deste negócios e também participando dos lucros e prejuízos.
Ao comprar uma ação, o investidor passa ser um acionista minoritário. Diferente do processo burocrático de participar de uma sociedade limitada ou de uma empresa de capital fechado, o acionista decide participar ou não de um negócio através de poucos cliques eletronicamente. A alta liquidez (muita oferta e procura) do mercado acionário também permite que isso ocorra a qualquer momento.
São contratos entre compradores e vendedores que dão a compradores ou vendedores direitos, mas não obrigatoriamente, de comprar ou vender o ativo relacionado, em uma data futura. As opções também são chamadas de derivativos, ou seja, ela deriva de outros ativos.
Entre as características das opções temos: tipos de direito, ativo objeto, vencimento e exercício.
-Os Tipos de Direito são dois: direito de compra (também chamado de call) que dá o direito, mas não a obrigação, de comprar um ativo. O investidor que vende uma call tem a obrigação de vender o ativo do qual vendeu a opção. Já o direito de venda (também chamada de put) é uma opção de venda que dá o direito, mas não a obrigação, de vender um ativo. O investidor que vende uma put tem a obrigação de comprar o ativo do qual vendeu a opção.
-Ativo Objeto: existem diversas opções disponíveis no mercado, entre eles temos contratos de opções para ações, moedas, índices e futuros. As opções de ações são as mais populares no Brasil, principalmente as de compra. As opções de venda têm ganhado espaço, mas ainda não têm liquidez suficiente.
-Vencimento: os dois principais tipos de exercício no Brasil são: tipo europeu e tipo americano. As opções do tipo americano são as mais negociadas no mercado brasileiro para opções de ações. O tipo americano consiste no investidor poder exercer a opção até o dia do vencimento. Apesar de normalmente ser matematicamente inviável exercer antes do vencimento, as opções americanas podem ter a utilidade de serem exercidas antes por questões operacionais para o investidor. Já as opções do tipo europeu somente podem ser exercidas no dia do vencimento. Essa pode ser uma estratégia útil quando o investidor depende de um evento que ocorrerá exclusivamente no dia do vencimento da opção, fazendo com que a compra de uma opção desse tipo seja mais "barata" do que a do tipo americano.
-Exercício: as opções normalmente possuem um preço de exercício predeterminado. No caso de uma determinada série para um dado vencimento, normalmente a bolsa habilita a negociação em vários preços (também chamados de strikes) para direito. Dessa forma, os investidores podem adequar suas estratégias para um determinado vencimento, escolhendo o preço de exercício que dá o melhor resultado para sua estratégia naquele mês de vencimento. As condições de exercício também são determinadas pela bolsa, como horários antes e durante o dia do vencimento, além da forma de liquidação e pagamento.
Essa estratégia chamada Long-Short (Comprado e Vendido) consiste em realizar uma operação simultânea, na qual o investidor se mantém vendido em uma ação e comprado em outra. Isso resulta num residual financeiro quando as operação são liquidadas, permitindo assim uma alavancagem financeira.
O Long-Short também ajuda a prevenir riscos, em que se mantém comprado ou vendido numa ponta de uma ação e se preveni de uma possível queda em outro ativo correlacionado na ponta contrária. São operações muito comuns realizadas apenas por profissionais do mercado, pois demanda muito conhecimento de empresas ou setores.
É caracterizada por um tipo de ação que concede ao dono da ação o direito de voto nas assembleias. No entanto, na maioria das vezes não há a possibilidade de poder de veto. Esse tipo de ação é importante quando existem divergências entre os acionistas controladores, podendo o acionista barrar certas propostas dos controladores.
Uma inovação que tornou ainda mais interessante deter ações ordinárias de uma empresa é o Tag Along, que através da Lei das Sociedades Anônimas determina que todo acionista com ações ON tenha direito de participar do prêmio de controle. Ou seja, pela lei, o acionista possui o direito de receber por suas ações no mínimo 80% do valor pago para o controlador em caso de venda da empresa. Dependendo do Tag Along da empresa, esse valor pode ser 100%, como acontece na maioria dos casos.
Vale ressaltar que as empresas da Bolsa estão migrando para o chamado novo mercado, que determina que as empresas do novo mercado se comprometam com a adoções de boas práticas de governança, sendo a principal exigência deste mercado que o capital social da empresa seja composto somente por ações ordinárias.
Esse tipo de ação protege menos o acionista, pois não lhe dá o direito de votar em assembleia e também não existe uma lei que garanta o direito de participar do prêmio de um possível controle (tag along).
Essas ações bem típicas do nosso mercado brasileiro, não existindo nada semelhante em mercados mais desenvolvidos, como o mercado americano. Mas esse tipo de ações é caracterizado por ter um maior volume de negociação e muitos detentores, isso acontece pois elas permitem que a empresa emita ações sem precisar ter sócios com direito a voto, não correndo assim, risco de perder o controle da empresa.
No entanto, existe uma vantagem para os detentores desse tipo de ação, ela permite que seus acionistas tenham preferência no recebimento dos dividendos pagos pela empresa quando ela tem lucro. A legislação estabelece dividendo mínimo obrigatório para as ações PN, e se a empresa não pagar dividendos por três anos consecutivos, as PN adquirem direito a voto.
O Ibovespa é o principal índice do mercado acionário do Brasil. Ele foi criado é 1968 sendo a principal referência para os investidores. O índice Ibovespa é o indicador de desempenho médio dos ativos mais negociados e representativos do mercado de ações de nosso País.
Este índice é composto por ações de empresas listadas na Bolsa brasileira que se enquadrem dentro de critérios estabelecidos para compor o índice. Entre eles: a empresa não estar em recuperação judicial ou intervenção, ter presença em pregão de 95% no último ano, ter participação de volume financeiro a partir de 0,1% no mercado à vista, entre outros. Atualmente diversas grandes empresas fazem parte do índice Ibovespa como Vale, Petrobrás, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, WEGE, AMBEV, JBS, entre outras.
Como esse índice possui diversas empresas de pesos diferentes, o índice também atribui um peso para cada empresa. Depois é feito um cálculo médio e define-se quanto, no dia, se a média de todas as empresas subiu ou desceu. Por isso, quando verificamos que o Ibovespa subiu 1%, por exemplo, siginifica que a média das empresas subiu no pregão.
O IFIX (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários) é semelhante ao índice Ibovespa, porém ao contrário das ações, o IFIX é o indicador do desempenho médio das cotações dos fundos imobiliários. Assim, ele é uma carteira teórica dos fundos imobiliários mais negociados e de maior liquidez na Bolsa.
A cada quatro meses esses fundos imobiliários são revistos e caso deixem de preencher os critérios são retirados do índice, colocando no seu lugar outros fundos que passem a integrar os critérios.
Portanto, o IFIX indica o desempenho do mercado de fundos imobiliários negociados em bolsa e oferece, ao investidor, uma ideia de como estão se saindo os fundos imobiliários brasileiros.
O IPO (Initial Public Offering) ou Oferta Pública Inicial é o nome dado ao processo no qual uma empresa vende suas ações ao público pela primeira vez, ou seja, ela abre o seu capital do público. Com isso, a empresa amplia o seu quadro de sócios, visto que todos que comprarem suas ações tornam-se também donos de uma pequena parte do negócio.
A negociação de ações da empresa começa com o registro da companhia no órgão regulador do mercado de valores, que no Brasil é atribuição da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Nesse caso, além do pedido de abertura de capital, a empresa também precisa de autorização para vender as suas ações e outra autorização para ser listada de Bolsa. Após isso, os donos da companhia elaboram um documento que se chama "prospecto da oferta", que é voltado para o público investidor. Através dele encontra-se informações detalhados sobre a própria operação e sobre o futuro do negócio. Assim, os investidores poderão saber anteriormente sobre os planos dos administradores e a situação da empresa, inclusive seus riscos.
Com isso, podemos ter uma distribuição primária ou secundária das ações, sendo que a oferta primária ocorre quando a companhia emite novas ações para vendê-las ao público, aumentando sua base acionária. No final da transação, o dinheiro vai para a própria empresa. Já a oferta secundária é quando a companhia coloca à venda ações existentes — em geral, papéis de sócios que decidiram reduzir sua participação no negócio. Nesse caso, os recursos obtidos vão para o bolso dos acionistas que venderam os papéis e não para o caixa da empresa.
O Mercado Primário (ou IPO) é quando ocorre o lançamento de novas ações no mercado, sendo assim uma forma de captação de recursos para a empresa. Após ocorrer esse lançamento inicial das ações no mercado, elas passam então a ser negociadas no Mercado Secundário, que é onde ocorre a troca de propriedade de título. Ou seja, no Mercado Primário, quem vende as ações é a companhia, usando os recursos para se financiar, e já no Mercado Secundário o vendedor é o próprio investidor quando decide se desfazer das suas ações.
Corresponde a uma parcela dos lucros da empresa que é distribuída aos acionistas quando ocorre o encerramento do balanço em determinado exercício. Pela lei das sociedades anônimas (S.A.), deverá ser distribuído um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido apurado, e sempre em dinheiro (moeda corrente).
Os dividendos podem ter periodicidade mensal, trimestral, semestral e até anual. Isso depende do estatuto da empresa. Quem determina a parcela dos dividendos é a Assembleia Geral Ordinária (AGO) através da manifestação de seus acionistas.
O montante a ser distribuído deve ser dividido pelo número de ações emitidas pela empresa, de forma a garantir a proporcionalidade da distribuição. Por isso, normalmente a empresa informa aos acionistas que distribuirá um número de "x" reais por ação. Dessa forma, quanto mais ações maior é o montante recebido, mas o valor do dividendo por ação é sempre o mesmo.
Trata-se da remuneração sobre o capital investido na empresa paga ao acionista em dinheiro, substituindo total ou parcialmente o dividendo. Nesse caso, o acionista perde 15% de imposto de renda na fonte, ou seja, já é descontado da própria empresa.
Para a empresa o JCP é vantajoso do ponto de vista fiscal. Desde a criação do JCP, o pagamento de JCP permite que a empresa remunere seus acionistas até o valor da TJLP no período, com o valor sendo considerado como despesa financeira. Com isso, ela reduz o lucro tributável, diminuindo o IR a ser pago pela empresa.
Vale ressaltar que existe um projeto de lei para terminar com o JCP, ficando apenas o dividendo como forma de remunerar o acionista.
Esse evento ocorre quando a empresa deseja melhorar a liquidez de seus ativos. É uma estratégia de dividir as ações quando seus preços estão muito altos, o que pode acarretar na diminuição da procura.
Para entender melhor como funciona essa estratégia, imagine que uma empresa tem 1000 ativos no mercado, cada uma com o valor de R$ 100. Para fazer o desdobramento, ou seja, quebrar essa barreira, essa companhia poderia aumentar o número de ações para 2000, diminuindo seu valor para R$ 50. Os acionistas terão o mesmo valor em ações, porém cada ação passa a valer metade do valor, o que facilita a compra ou venda a outros interessados.
Esse evento ocorre quando a empresa está com suas ações a um preço muito baixo, o que pode representar até mesmo um risco diante da Bovespa, que age para controlar quando preços de ativos estão abaixo do ideal. O agrupamento é o inverso do desdobramento.
Esse tipo de estratégia também melhora a credibilidade da empresa, que somente é negociada a preços maiores. Para entender melhor como funciona essa estratégia, imagine que uma empresa tem 1 milhão de ações no mercado por R$0,50 cada uma. Se a empresa quer aumentar seu valor, ela deve diminuir o número de ações. Nesse caso, a mudança poderia ser de 1 milhão de papéis para 100 mil papéis e assim, dessa maneira, cada ação passaria a ser negociada por R$ 5. Assim, a ação fica mais valorizada no mercado e mais restrita.
É uma distribuição gratuita de ações aos acionistas. Isso é decorrente de aumento de capital, por incorporação de reservas, lucros em suspenso ou reavaliação de ativos. As bonificações são proporcionais às ações já possuídas. Por exemplo, a empresa pode bonificar em 5% os acionistas, e assim sendo, um acionista que tenha 100 ações será bonificado com 5 novas ações.
Algumas vezes a bonificação é realizada através do pagamento em dinheiro. Isso normalmente ocorre quando existe a distribuição de reservas até então não incorporadas ao capital. A bonificação não deve ser confundida com dividendos.
Algumas empresas que costumam realizar bonificações são os bancos Bradesco e Itaú, além da holding Itaúsa.
É um direito dos acionistas para que eles adquiram novas ações com preço e prazo pré-determinados. Normalmente a subscrição é bastante benéfica aos acionistas quando ela é ofertada por um valor abaixo do preço de mercado, sendo uma espécie de desconto para os acionistas. A subscrição é sempre proporcional a quantidade de ações já possuída.
Quando o investidor recebe o direito a subscrição ele possui 3 possibilidades: subscrever as novas ações, vender seu direito de subscrição a algum outro investidor ou simplesmente não fazer nada e perder o direito. Quando sobram ações porque os acionistas não consumiram todas, ela é ofertada ao público em geral.
Uma operação de aluguel é a transferência de títulos da carteira do investidor (locador) para satisfazer necessidades temporárias de um investidor tomador (locatário).
O investidor que empresta suas ações receberá o aluguel, enquanto o investidor que toma emprestado poderá utilizar estas ações para realizar vendas descobertas.
Trata-se de realizar uma operação de venda de uma ação mesmo sem possuí-la. Assim, o investidor precisa alugar essa ação de alguém que colocou suas ações em aluguel. Normalmente as corretoras disponibilizam a opção de aluguel para investidores que possuem muitas ações de uma determinada empresa.
Esse investidor que aluga uma ação ganha dinheiro quando o preço da ação está em queda e perde se o preço da ação subir. Por isso, o nome é venda descoberta, porque ele não possui efetivamente a ação. Se ele tivesse a ação seria uma venda normal, apenas se desfazendo das suas ações em carteira.
É um estratégia de proteção para investimentos de risco. A ideia do hedge é neutralizar a posição comprada ou vendida para que seu preço não varie. Ao fazer uma operação de hedging, o investidor tem como objetivo eliminar a possibilidade de perdas futuras.
Essa estratégia foi criada pelo mercado de commodities agrícolas pelo Chicago Board Of Trade (CBOT). Nesse caso, os pecuaristas pré-fixavam o valor das sacas de trigo, soja, milho, etc, para evitar prejuízos no caso de queda súbitas do valor das mercadorias.
Para exemplificar isso, imagine um agricultor que está na época da colheita e vende o seu milho por um preço de mercado a um vendedor, que será responsável por vender esse milho no mercado. O vendedor está correndo risco da cotação do milho cair muito até ele efetivamente vender esse milho. Por isso, esse vendedor pode entrar no mercado futuro vendido, e assim se a cotação cair ele lucra com a operação. No entanto, se a cotação subir ele perde dinheiro no mercado futuro, mas lucra na mercadoria. Então veja que ele nunca perde, mas também não ganha. A sua operação está protegida. Esse é o funcionamento básico do hedge.
O hedge é mais direcionado a investidores conservadores, enquanto os especuladores buscam justamente, nas pequenas variações, seus lucros.
O leilão acontece durante períodos de alta volatilidade, normalmente quando se tem algum fato relevante no meio do funcionamento normal do mercado. Assim, o leilão serve para o mercado definir um preço base para ação e para frear a alta oscilação dos preços. Portanto, o funcionamento básico do leilão é receber as ofertas de compra e venda que chegam, anotar todas essas ofertas e fechar o preço base. Tudo isso é feito de forma automática pela Bolsa.
No entanto, existem dois leilões padrão que acontecem todos os dias: o leilão pré-abertura e o leilão de fechamento. O leilão de pré-abertura ocorre antes da abertura do mercado às 10hrs, ou seja, entre às 9hrs e 10hrs, e serve para definir o preço de abertura da ação ou do ativo, que é um preço importante em um dia de negociação. Já o leilão de fechamento acontece 5 minutos antes do término das negociações do mercado, das 16h55 às 17hrs.
O Mercado a termo, ou uma operação a termo, é um tipo de derivativo em que um compromisso é firmado entre vendedor e comprador, sendo de compra e/ou venda de contratos padronizados para liquidação física e financeira em uma data futura. Assim, as partes, compradora e vendedora, ficam vinculadas entre si até que o contrato seja liquidado. Diferente de um contrato futuro, não há ajustes antecipados quanto às obrigações financeiras de cada uma das partes com base nas expectativas do mercado em relação ao ativo. Ou seja, uma operação a termo é a compra ou a venda, em mercado, de uma determinada quantidade de ações, a um preço fixado, para liquidação em prazo determinado, a contar da data de sua realização em pregão, resultando em um contrato entre as partes.
Criados inicialmente para funcionar como mecanismo de hedge para proteger produtores e distribuidores de commodities agrícolas contra oscilações desfavoráveis do mercado, esses contratos atualmente são muito utilizados por traders, que passaram a especular as cotações de índices, moedas ou outros derivativos.
Os principais contratos futuros negociados atualmente são: Índice Ibovespa, Dólar, Índice S&P dos Estados Unidos, Boi, Café, Etanol, Soja, Algodão, Milho, Juros, entre outros.


