Análise: GERDAU

Equipe Universidade da Bolsa Atualizado em 29/10/2025

A Gerdau é a maior multinacional brasileira produtora de aço e uma das principais fornecedoras de aços longos nas Américas e de aços especiais no mundo. No Brasil, também produz aços planos, além de minério de ferro para consumo próprio. Com 124 anos de história, seus produtos são utilizados em diversos setores, tais como: construção, indústria automotiva, maquinários, naval, energia, entre outros.

Atualmente, a Gerdau está presente em vários países e conta com mais de 30 mil colaboradores diretos e indiretos. Posicionada como maior recicladora da América Latina, a Gerdau tem na sucata uma importante matéria-prima: aproximadamente 70% do aço que produz é feito a partir desse material. Também é a maior produtora de carvão vegetal do mundo, com cerca de 230 mil hectares de base florestal em Minas Gerais. No entanto, a companhia também está comprometida com a sustentabilidade, atigindo atualmente uma das menores médias de emissão de gases de efeito estufa do setor. Suas ações estão listadas nas bolsas de valores de São Paulo (B3) e Nova Iorque (NYSE). A listagem da empresa na Bolsa de Valores de São Paulo ocorreu na década de 1940.

Segue abaixo alguns números da Gerdau:

Números da Gerdau.

Para saber mais sobre a Gerdau, acesse aqui uma análise completa sobre a companhia.

Em relação aos resultados financeiros da Gerdau, tivemos um 2º trimestre de 2025 apresentando um resultado positivo, principalmente se considerarmos o impacto que o aço e as tarifas econômicas aplicadas pelos Estados Unidos em países ao redor do mundo. Como a empresa possui grande parte da operação nos próprios EUA, o impacto foi bastante reduzido.

A empresa tem feito investimento no Brasil, mais de R$ 1,6 bilhão, especialmente no projeto Itabiritos, onde adicionará 5,5 milhões de toneladas de capacidade de produção de minério de ferro. Porém, a Gerdau já anunciou que, para 2026, vai desacelerar os investimentos.

No entanto, o grande destaque nos resultados foi a geração de caixa vindo da América do Norte. No Brasil, houve impactos na produção, devido à parada de manutenção em três plantas no Brasil, e também menores vendas. Isso porque o aço chinês ainda impacta o mercado brasileiro, especialmente no custo das vendas. A margem bruta no 2T2024 de 9,1% caiu para 7,1%.

No mercado da América do Norte, a produção aumentou para compensar o impacto no Brasil e América do Sul, o que ajudou muito no resultado, chegando ao lucro bruto 40,2% maior na comparação com o 1T25 e 3% com o 2T24.

Outro dado positivo e importante é que a recompra de ações vem sendo feita ao longo do tempo e aumenta tanto os dividendos como valoriza a cotação dos papéis ao longo do tempo.

Segue abaixo um resumo dos números da Gerdau:

Resumo do Desempenho Financeiro da Gerdau.

Abaixo segue um resumo do desempenho e um panorama para América do Norte e do Brasil neste 2º Sesmestre:

Desempenho e Panorama dos EUA e Brasil no semestre.

Abaixo o resumo do desempenho da Gerdau no Brasil comparando diferentes trimestres deste ano e do ano passado, mostrando as dificuldades e os desafios do ambiente interno:

Desempenho e Panorama do Brasil.

Abaixo o resumo do desempenho da Gerdau nos Estados Unidos comparando diferentes trimestres deste ano e do ano passado, mostrando que o desempenho Norte Americano foi o grande responsável pelos dados positivos da Gerdau:

Desempenho e Panorama dos EUA.

A dívida da Gerdau vem aumento ao longo dos trimestres, o que exige uma atenção neste ponto. No entanto, o índice de 0,85x segue confortável:

Dívida da Gerdau ao longo dos trimestres.

A Gerdau ainda distribuiu cerca de 0,12 por ação em dividendos neste trimestre. A Metalúrgica Gerdau distribuiu 0,08 por ação neste trimestre. Além disso, a política de recompra de ações continua.

Agora que já sabemos como está a saúde financeira da Gerdau, podemos verificar se existe algum ponto técnico mais interessante para adquirir as ações da companhia.

No gráfico de longo prazo abaixo, podemos notar como os preços das ações da Gerdau são de alta ao longo do tempo.

Análise técnica da Gerdau.

Analisando de forma mais recente, o gráfico encontra-se preso dentro de uma lateralidade que varia entre R$13,50 e R$20,00 alcançando os R$24,00 no topo da lateralidade. A linha vermelha abaixo indica a mínima dos preços na crise do COVID, quando existiam muitas dúvidas sobre o mercado e as empresas.

Análise técnica da Gerdau.

Os preços estão atualmente por volta dos R$18,00 que se configura justamente a metade da lateralidade. Um bom preço de compra seria o suporte da lateralidade, ou seja, por volta dos R$13,50. A última vez que o mercado tocou neste ponto foi em Março, depois de muitos anos sem visitar essa região. Portanto, é possível que, com melhores resultados, como uma melhoria no mercado interno, os preços possam finalmente seguir para o topo da lateralidade e, inclusive, rompê-la para atingir novas máximas. Dessa forma, para um investidor de longo prazo, essa região do meio da lateralidade pode ser um bom ponto de compra, podendo aumentar ainda mais os aportes em caso de volta ao suporte.

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